Hoje prometo ser breve. Vendo toda essa história do IOF — mais um imposto sendo elevado — percebo como está difícil a vida do ministro da Fazenda.
Em certos momentos, até acredito que a culpa não seja inteiramente dele. Afinal, Lula e o PT têm verdadeira paixão por gastar, e “passar o chapéu” com o dinheiro dos outros parece ser uma especialidade do partido.
O ministro apanha da Gleisi Hoffmann, é obrigado a incluir a isenção do Imposto de Renda no meio de um pronunciamento sobre corte de gastos… Realmente, não está fácil para ele.
Mas, como ministro, ele deveria se impor mais. Reclamou de vazamentos de informações, mas, na verdade, deveria dizer ao presidente Lula que é preciso parar de gastar. Assistencialismo tem limite — e a paciência do contribuinte também.
Nesses últimos dias, vimos a desocupação da favela do Moinho, em São Paulo. E fica claro como essa lógica é perversa. Moradores fizeram um alvoroço, colocaram fogo nos trilhos, porque não queriam sair dali. Em seguida, o Governo Federal exigiu que Tarcísio parasse de ‘ser maldoso’ ao retirar aquelas pessoas daquela forma. A cessão do terreno ao governo estadual foi travada até que a polícia interrompesse a ação. Resultado: pessoas que talvez estivessem ali há poucos meses agora vão ganhar uma casa de R$ 250 mil — sendo R$ 180 mil pagos pela União. E a vida segue: eu invado um terreno hoje, e amanhã posso ser premiado com milhares de reais do governo gastador.
Enquanto isso, na última semana, paguei meu Imposto de Renda — uma mordida considerável, pelos meus padrões. E o que recebi em troca do poder público? Nada.
Haddad, pare de ser banana. E pare de inventar imposto para arrecadar.