Nesta segunda-feira (22), o Governo Federal anunciou o programa “Nova Indústria Brasil”, uma política industrial com projeções de intervenção no setor até 2033. Com uma abordagem socialista, destacando linhas de crédito, subvenções governamentais e a imposição de conteúdo local, o plano visa impulsionar empresas em seis áreas específicas: agroindústria, bioeconomia, complexo industrial de saúde, infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade, transformação digital e tecnologia de defesa.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), entregou as diretrizes a Lula (PT) durante a reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI). No entanto, críticas já emergem em relação à proposta de intervenção estatal, sobre o impacto no livre mercado e dúvidas acerca da eficácia dessas medidas.
A Nova Indústria Brasil é apresentada como parte da chamada “neoindustrialização”, buscando ampliar o papel decisório do governo no parque industrial brasileiro. O plano, detalhado em 83 páginas, estabelece metas ambiciosas para 2033, incluindo a digitalização de 90% das empresas industriais brasileiras e a produção interna de 70% dos medicamentos, vacinas, equipamentos e insumos de saúde.