Através da mídia inglesa, soube-se que o ex-premiê britânico Boris Johnson viajou à Venezuela para se encontrar com o ditador Nicolás Maduro.
Johnson, que já não ocupa mais a chefia do governo, enviou uma mensagem de texto ao atual ministro das Relações Exteriores (e também ex-premiê), David Cameron, anunciando sua viagem e detalhes sobre o encontro com Maduro.
Segundo o jornal The Mirror, durante a reunião, Johnson instou Maduro a abraçar a democracia e tentou dissuadi-lo de vender armas à Rússia.
No entanto, a visita de Johnson tem uma razão política doméstica: o Partido Conservador vive uma crise e enfrenta escassas perspectivas de vitória nas próximas eleições. Alguns sugerem que Johnson, que renunciou devido à falta de apoio de seu gabinete após vários escândalos, poderia ser a única esperança para revitalizar o partido.
Informa-se que Johnson estava de férias na República Dominicana em fevereiro quando surgiu a possibilidade da reunião com o ditador socialista. Embora não esteja claro quem iniciou as conversas, Johnson permaneceu perto de Caracas, a capital venezuelana, por menos de 24 horas.
Um porta-voz de Johnson afirmou que o encontro foi realizado com o apoio ativo do Escritório de Relações Exteriores, Comunidade e Desenvolvimento (FCDO) e com o conhecimento do secretário de Relações Exteriores. Durante a reunião, Johnson enfatizou a necessidade de que a Venezuela adote um processo democrático adequado e respeite a integridade territorial de seus vizinhos.