Não é preciso ser gênio nem economista — basta deixar de lado o populismo.
É bastante óbvio como fazer um bom corte de gastos a longo prazo: é só extinguir meia dúzia de estatais inoperantes, que hoje servem apenas como cabides de emprego para desocupados apadrinhados. E eu começaria com uma grande venda: os Correios! Uma empresa defasada, envolvida em corrupção, infestada de parasitas e que acumula prejuízos ano após ano.
Que tal um leilão na B3, com Amazon, Mercado Livre e outras gigantes disputando a estatal? Seria uma bela disputa. Outra que poderíamos nos desfazer é a Infraero. Se a maioria dos aeroportos já está sob controle da iniciativa privada, por que ainda precisamos manter esse “elefante branco”?
A EBC, Empresa Brasileira de Comunicação, serve para quê? Para exibir telecursos? Transmitir discursos irrelevantes de presidentes pelo mundo? Vende! Encerra! Corta!
E o número de agências reguladoras que são penduricalhos? Tem de tudo: águas, telefonia, vigilância sanitária, saúde suplementar, transporte terrestre… Fecha tudo, centraliza, enxuga.
Mas por que isso não acontece? Porque direita, esquerda e centro têm medo do funcionalismo público. Uma massa de milhões de votos — servidores com altos salários que vivem às custas do contribuinte.
Mexer nesse sistema é dar um tiro no pé de qualquer político. Por isso é mais fácil mantê-los onde estão e empurrar a conta para o cidadão comum, aumentando impostos.
Na minha opinião, falta um verdadeiro líder que assuma a presidência com coragem para acabar com os privilégios dos marajás do serviço público. E isso só se resolveria de um jeito: acabando com a reeleição. Assim, o presidente não teria medo de perder votos e poderia fazer o que realmente precisa ser feito.