A ditadura venezuelana anunciou a expulsão do canal de TV alemão Deutsche Welle (DW) de todas as plataformas de transmissão do país, após acusá-lo de difamar e odiar a nação.
O Ministro de Comunicação e Informação venezuelano, Freddy Ñáñez, declarou que a medida foi tomada em resposta a uma série de reportagens veiculadas pela DW, que, segundo ele, retrataram de forma injusta e prejudicial a situação política e social da Venezuela.
“Venezuela é um Estado soberano e não toleraremos tentativas estrangeiras de difamar nossa reputação e minar a estabilidade do país”, afirmou Ñáñez em comunicado à imprensa.
A decisão de expulsar a DW vem após a veiculação de um vídeo pelo canal, no qual um repórter falava sobre a existência do Cartel de los Soles, uma rede de narcotráfico nas Forças Armadas venezuelanas.
Autoridades venezuelanas argumentaram que a decisão de expulsar a DW é uma medida legítima para proteger a integridade nacional e preservar a ordem pública. No entanto, críticos do governo consideram a ação como mais um exemplo da crescente repressão à liberdade de imprensa no país.
A expulsão da DW é apenas o mais recente episódio em uma série de confrontos entre o governo venezuelano e meios de comunicação internacionais. Nos últimos anos, várias emissoras estrangeiras foram proibidas de operar no país, incluindo a CNN en Español e as colombianas RCN e Caracol Radio.
A decisão do governo venezuelano de expulsar a DW foi duramente criticada por grupos de defesa da liberdade de imprensa, que a consideram uma violação flagrante dos princípios democráticos e dos direitos humanos fundamentais.