Na abertura da reunião do G20 no Rio de Janeiro, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, insistiu na importância de incluir a guerra na Ucrânia como tema central das discussões. A declaração coincide com a decisão dos Estados Unidos de autorizar o uso de mísseis de longo alcance por Kiev, um movimento que, segundo o Kremlin, intensifica o conflito. Starmer ressaltou que os mil dias desde a invasão russa são um marco trágico para um país “pacífico e soberano” e destacou os impactos globais da guerra, como a crise alimentar e energética.
Starmer também pediu o cessar-fogo imediato em Gaza, criticando o impacto humanitário no território palestino, e elogiou a criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa liderada por Lula (PT). “Precisamos de uma liderança global renovada para combater a pobreza. Resolver conflitos é o maior passo nessa direção”, afirmou Starmer.
O Kremlin respondeu à decisão de Biden acusando os EUA de “alimentar a guerra” e prometendo retaliações caso os mísseis sejam usados contra território russo. Segundo o porta-voz Dmitri Peskov, a medida representa uma “nova escalada” no envolvimento americano. Enquanto isso, o uso de mísseis ATACMS por Kiev, há meses solicitado pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, gera expectativas de mudanças nos rumos da guerra, especialmente após relatos de tropas norte-coreanas apoiando as forças russas na região fronteiriça.