Cuba solicitou formalmente seu ingresso no BRICS como “país parceiro”, enviando uma carta ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, atual líder rotativo do grupo. A iniciativa cubana, apesar das dificuldades econômicas derivadas de seu sistema comunista, busca se aliar a um bloco que inclui economias emergentes governadas por regimes autoritários, como Rússia, China e Irã. O pedido foi confirmado por Carlos M. Pereira, do Ministério das Relações Exteriores de Cuba, que destacou o BRICS como “um símbolo de esperança para os países do Sul Global”.
Chama atenção que o Brasil, um dos membros fundadores do BRICS, permaneça no bloco apesar de ser considerado uma democracia, tendo um governo que mantém relações diplomáticas estreitas com ditaduras, especialmente comunistas. Lula (PT), que fundou o Foro de São Paulo com Fidel Castro (ex-ditador cubano), tem se alinhado politicamente com regimes autoritários, como o de Cuba e Venezuela, fortalecendo laços com governos que vão na contramão dos princípios democráticos.
O ditador cubano, Miguel Díaz-Canel, confirmou que participará da próxima cúpula do BRICS, que ocorrerá entre os dias 22 e 24 de outubro em Kazan, Rússia, enquanto o embaixador russo em Cuba, Viktor Koronelli, afirmou que o país já participa de eventos relacionados ao bloco. A busca de Cuba pelo BRICS reforça a percepção de que o grupo se tornou um espaço de confluência para regimes autoritários, com o Brasil sendo uma das exceções, embora sob um governo que flerta com essas ditaduras.