O Partido Comunista de Cuba aprovou sem alarde alterações ao código de saúde da nação que, uma vez formalizadas, permitirão a eutanásia dentro do seu precário sistema de saúde.
As alterações, introduzidas discretamente pela Assembleia Nacional controlada absolutamente pelo Partido Comunista, entrarão em vigor após a implementação das regulamentações necessárias pelo legislativo liderado pelos comunistas.
A disposição pretende atingir pessoas lidando com doenças crônicas degenerativas e irreversíveis, sofrendo de males incuráveis, enfrentando uma fase agonizante ou terminal da vida, ou lidando com lesões que as colocam em tal condição precária.
A introdução da eutanásia na legislação cubana coincide com o estado de decadência e destruição do sistema de saúde cubano, louvado por esquerdistas no mundo.
Após seis décadas de regime comunista, a infraestrutura de saúde de Cuba é inexistente.
Esse desenvolvimento também ocorre em meio a uma significativa queda na população em Cuba, impulsionada pela diminuição das taxas de natalidade e crescimento acelerado na demografia idosa. A ilha está lidando com a maior crise migratória de sua história à medida que os jovens fogem do comunismo, hoje ela abriga atualmente cerca de 11,08 milhões de cidadãos.
Estatísticas do Escritório Nacional de Estatísticas e Informação de Cuba revelam que, desde 1977, o país não consegue atingir a taxa de fertilidade necessária de 2,1 para substituição populacional. Se as tendências atuais persistirem, autoridades alertam que a população de Cuba poderia cair dos atuais 11 milhões para menos de nove milhões até 2054.
O Ministro da Saúde de Cuba, José Angel Portal Miranda, celebrou as mudanças introduzidas no código de saúde em uma sexta-feira à noite, omitindo qualquer menção específica à eutanásia.
“Cuba já tem uma nova Lei de Saúde Pública. A lei, que acaba de ser aprovada (Assembleia Nacional Cubana), fornece à saúde pública cubana um escudo legal atualizado e garante o direito humano fundamental à saúde e à vida”, disse.