O mercado financeiro apresenta um comportamento positivo, com o dólar fechando abaixo de R$ 6 pela primeira vez em duas semanas e a bolsa de valores superando os 129 mil pontos, registrando alta de mais de 1%. O cenário foi influenciado pela elevação da Selic, anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, e pelas incertezas relacionadas ao estado de saúde de Lula da Silva (PT), afastado para tratar uma hemorragia no crânio.
A decisão unânime do Copom de aumentar a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, para 12,25% ao ano, foi acompanhada de um comunicado que sinalizou possíveis novos ajustes, caso o cenário inflacionário se mostre mais adverso. Além disso, o Banco Central anunciou a retomada de intervenções no câmbio, com um leilão de até US$ 4 bilhões, marcado para esta quinta-feira (12). Essas medidas buscam conter a volatilidade do dólar, que já acumulava alta expressiva no ano.
O ambiente de negócios também reflete a ausência de ações intervencionistas por parte do governo federal, visto como um fator de risco por parte de investidores. A recente queda de 1,43% do dólar, cotado a R$ 5,89, é atribuída, em parte, ao afastamento temporário de Lula e à política monetária mais rígida. Os ajustes econômicos visam, entre outros objetivos, assegurar a convergência da inflação e estabilizar a moeda nacional diante de um cenário ainda incerto, após quase dois anos de governo petista que saiu do superávit deixado pelo governo Bolsonaro (PL) para um desajuste nas contas públicas provocado pela irresponsabilidade fiscal de Lula.