A China anunciou neste domingo (26) um acordo provisório com os Estados Unidos, que prevê a suspensão temporária das tarifas comerciais entre os dois países. A medida ocorre às vésperas do encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder chinês Xi Jinping, marcado para quinta-feira (30), na Coreia do Sul. O pacto inclui a retomada das compras de soja americana, interrompidas desde setembro, e representa um avanço estratégico para Washington após meses de impasse comercial.
O governo chinês se comprometeu a reverter restrições impostas à importação de soja dos EUA, que haviam sido afetadas com uma tarifa de 20% em abril e culminaram na paralisação total das compras em maio. A retomada das negociações foi conduzida por Trump, que exigiu que os níveis de importação retornem “pelo menos” aos patamares anteriores à sobretaxação. A medida é vista como um alívio para o setor agrícola americano, que sofreu queda de 78% nas exportações para o mercado chinês entre janeiro e agosto deste ano.
O acordo também aborda temas como o comércio de minerais raros, tarifas portuárias e cooperação antidrogas. Segundo o vice-ministro do Comércio da China, Li Chenggang, as tratativas foram “construtivas” e resultaram em um entendimento preliminar. Enquanto os Estados Unidos mantiveram uma postura firme, Pequim buscou preservar seus interesses. O Brasil, que vinha se beneficiando das sanções chinesas contra os EUA, pode enfrentar redução na demanda, especialmente após o recorde de exportações de soja para a China registrado em setembro.






 
		 
		
 
		

 
		
