O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) minimizou nesta terça-feira (8) as duras críticas feitas pelo pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, que o chamou de “covarde” e “omisso” em relação às eleições de São Paulo. Bolsonaro se esquivou dos ataques, afirmando que “ninguém critica mulher feia” e que mantém respeito por Malafaia, defendendo a importância da união da direita para apoiar a candidatura de Ricardo Nunes (MDB) contra Guilherme Boulos (PSOL) na disputa pela prefeitura paulistana.
As críticas de Malafaia refletem uma insatisfação com a postura de Bolsonaro durante a campanha de Nunes, principalmente pela ausência do ex-presidente em manifestações mais firmes de apoio e sua falta de ação contra o adversário Pablo Marçal (PRTB). O pastor declarou ter enviado mais de 30 mensagens a Bolsonaro sem obter resposta, expressando decepção pelo silêncio do ex-presidente e destacando que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), agiu de maneira mais assertiva e comprometida.
Apesar do descontentamento de Malafaia, Bolsonaro mantém seu discurso apaziguador, reiterando seu apreço pelo pastor e sua importância na articulação com o eleitorado evangélico. O rompimento, entretanto, sugere que figuras da direita podem estar buscando outras lideranças, como Tarcísio, visto por Malafaia como um exemplo de político decidido. Tarcísio, inclusive, tem sido cotado como um nome forte para 2026, caso Bolsonaro permaneça inelegível.