O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), anunciou que a tarifa de ônibus na cidade permanecerá inalterada, mantendo-se em R$ 4,40, após reunião com o governo estadual. A administração municipal, responsável pelo deslocamento diário de 7 milhões de passageiros, destaca que a tarifa não sofre reajustes há três anos, apesar da inflação acumulada de 26% no período.
No entanto, a decisão de não aumentar a tarifa coloca em confronto o prefeito Nunes e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que há tempos defende o aumento da passagem. Enquanto Tarcísio insiste na necessidade do reajuste, o prefeito calcula possíveis prejuízos políticos para sua campanha de reeleição em 2024. A falta de alinhamento entre ambos traz à tona dúvidas sobre a viabilidade econômica dessa medida, especialmente considerando que a gestão de Nunes já desembolsou R$ 5,3 bilhões em subsídios para as empresas de ônibus até novembro.
Além disso, uma medida recente relacionada ao transporte público em São Paulo foi aprovada: a gratuidade nos ônibus aos domingos e feriados, subsidiada pela prefeitura. Enquanto a gestão municipal enxerga oportunidades na ociosidade e alega já pagar as concessionárias por quilômetro rodado, o governo estadual, liderado por Tarcísio, se mantém firme na cobrança das passagens no metrô, ônibus interestadual e CPTM.
