Os efetivos da Brigada Golani das Forças de Defesa de Israel alcançaram um avanço significativo ao tomar o controle do prédio do Parlamento na cidade de Gaza, conforme informações compartilhadas nas redes sociais. Em resposta, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, anunciou na segunda-feira (13) que o Hamas “perdeu o controle” da Faixa de Gaza, território que tem governado nos últimos 16 anos.
Em um vídeo transmitido pelas principais redes de televisão israelenses, Gallant afirmou: “O Hamas perdeu o controle de Gaza. Os terroristas estão fugindo para o sul, enquanto civis participam do saque das bases do Hamas. Eles não confiam mais no governo”. No entanto, não forneceu provas concretas para respaldar essas declarações.
Vale ressaltar que o prédio do Conselho Legislativo Palestino em Gaza tem sido a sede dos legisladores do Hamas desde que o grupo assumiu o poder em 2007. Mais de dois terços dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza deixaram suas casas desde o início dos confrontos.
A campanha militar de Israel, focada na Cidade de Gaza como o núcleo urbano mais populoso do território, tem como objetivo neutralizar o Hamas após sua incursão no sul de Israel, desencadeando o conflito atual. Desde o início da guerra, estima-se que mais de 11.000 palestinos tenham perdido a vida, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, sem distinguir entre combatentes e civis, e relatos de pelo menos 2.700 pessoas desaparecidas.
Do lado israelense, estima-se que pelo menos 1.200 pessoas tenham perdido a vida, principalmente civis vítimas do ataque inicial do Hamas. Os milicianos palestinos mantêm cerca de 240 reféns após sua incursão em Israel.
Embora os países da UE não tenham solicitado um cessar-fogo, expressaram seu apoio a “pausas imediatas nas hostilidades” e à criação de corredores humanitários para garantir a chegada segura de ajuda à população de Gaza. Também reiteraram o pedido ao Hamas para a libertação imediata e incondicional de todos os reféns e a necessidade de o Comitê Internacional da Cruz Vermelha ter acesso a eles. Além disso, condenaram o uso de hospitais e civis como escudos humanos pelo Hamas.