O governo dos Estados Unidos confirmou que, a partir desta quarta-feira (9), todas as importações chinesas estarão sujeitas a uma tarifa de 104%. A medida, anunciada pela secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, representa um aumento expressivo frente aos 10% iniciais impostos em fevereiro e amplia o pacote de tarifas “recíprocas” do presidente Donald Trump. O objetivo declarado é pressionar Pequim, após a recusa do regime chinês em recuar nas taxas retaliatórias de 34% sobre produtos americanos.
A escalada nas tarifas eleva a pressão sobre a já fragilizada economia chinesa, que enfrenta problemas internos e queda na demanda externa. “Países como a China, que optaram por retaliar e tentar redobrar os maus tratos aos trabalhadores americanos, estão cometendo um erro”, afirmou Leavitt, reforçando que Trump não recuará. A tarifa média sobre os produtos chineses subirá para quase 125%, com impacto direto em setores como brinquedos, eletrônicos e equipamentos de comunicação, os quais ainda dependem fortemente de fornecedores da China.
A China, por sua vez, prometeu ampliar sua resposta, classificando a decisão americana como “intimidação unilateral”. O Ministério do Comércio do país declarou que “tomará resolutamente contramedidas para salvaguardar seus próprios direitos e interesses”. Analistas apontam que a medida pode influenciar empresas a realocar sua produção para países como México e Vietnã, mas também aumentar os preços ao consumidor final. Outras nações, inclusive da União Europeia, também enfrentam prazos para novas tarifas que variam de 11% a 50%.
