O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou que não enviará observadores para monitorar as eleições presidenciais da Venezuela, previstas para 28 de julho. O pleito é amplamente considerado uma farsa organizada pelo regime de Nicolás Maduro.
A Corte Eleitoral brasileira não especificou os motivos da decisão. Tradicionalmente, a presença de observadores internacionais é destinada a garantir a transparência, isenção e legalidade do processo eleitoral, assegurando a credibilidade dos resultados.
Em 2023, a ministra Cármen Lúcia, que assume a presidência do TSE nesta segunda-feira (3), acompanhou as eleições na Argentina, onde Javier Milei derrotou o ex-ministro da Economia Sergio Massa. Sua experiência recente no monitoramento de eleições internacionais contrastará com a ausência do TSE no cenário venezuelano.
Na terça-feira, 28, o regime de Maduro retirou o convite aos observadores da União Europeia que iriam monitorar as eleições presidenciais, intensificando as preocupações sobre a integridade do processo eleitoral. Elvis Amoroso, chefe do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, justificou a decisão com base nas sanções econômicas impostas pelo bloco europeu. “Eles não são bem-vindos para vir aqui para o nosso país”, declarou Amoroso.
A decisão do TSE do Brasil reflete a crescente desconfiança internacional sobre a legitimidade das eleições na Venezuela, onde a oposição e a comunidade internacional acusam Maduro de manipular os processos eleitorais para manter-se no poder. A ausência de observadores brasileiros é mais um golpe à credibilidade das eleições venezuelanas, que já estão sob escrutínio intenso.
Atualmente, os candidatos principais são o ditador Nicolás Maduro, o ex-diplomata Edmundo González e o humorista Benjamín Rausseo.