O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, está preparando um pacote de mais de 100 decretos executivos para serem assinados imediatamente após sua posse, marcada para 20 de janeiro. Entre as prioridades, destaca-se a conclusão do muro na fronteira com o México, uma das marcas de sua gestão anterior. Além disso, medidas para deportação de imigrantes ilegais e restrições mais rígidas para pedidos de asilo também estão na pauta, segundo informações divulgadas por assessores em reunião com senadores republicanos no Capitólio.
Os decretos incluem a reinstauração de políticas como o Título 42, que permite a expulsão automática de imigrantes sem documentação, e exigências para que asilo seja solicitado em outros países antes de entrar nos EUA. Segundo o senador James Lankford, o foco inicial será em imigrantes que cruzaram recentemente a fronteira, cometeram crimes ou tiveram ordens judiciais de deportação. “Essa é a fruta mais fácil de colher. Temos mais de um milhão de casos para iniciar o processo”, afirmou Lankford.
O planejamento envolve um esforço coordenado entre o novo governo e o Congresso, agora com maioria republicana, para financiar as propostas de segurança de fronteira, estimadas em cerca de US$ 100 bilhões. Analistas destacam que a abordagem de Trump pretende imprimir sua marca desde o primeiro dia, ao propor ações executivas em larga escala. Apesar disso, algumas medidas podem ter caráter mais simbólico, como a ideia de Trump de instalar um “escritório temporário” no Capitólio para assinar rapidamente os decretos, o que ainda não foi confirmado oficialmente.