O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), intensificou articulações em Brasília para viabilizar um projeto de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após eventual condenação. A proposta, que conta com apoio de lideranças do centrão, busca garantir o perdão judicial sem reverter a inelegibilidade do líder da direita, abrindo caminho para a candidatura de Tarcísio à Presidência em 2026.
Apesar do avanço nas negociações, ministros do STF já indicam maioria contrária à medida, o que pode inviabilizar a tramitação do texto.
A movimentação ganhou força após encontros entre Tarcísio e aliados de Bolsonaro, incluindo visita à prisão domiciliar ao ex-presidente. Desde então, o governador passou a reunir lideranças partidárias e consolidar apoio entre bancadas como PL, PP, Republicanos e União Brasil. A federação entre PP e União Brasil anunciou desembarque do Governo Lula (PT) e declarou apoio à anistia, inclusive para Bolsonaro. A expectativa é que o projeto seja pautado na Câmara após o julgamento no STF, previsto para encerrar no dia 12.
Mesmo com a resistência da Corte, interlocutores do centrão tentam costurar apoio entre ministros para evitar que o projeto seja declarado inconstitucional. Segundo lideranças, há cerca de 300 votos favoráveis à proposta no plenário da Câmara. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), admitiu que “aumentou o número de líderes pedindo” a votação. A proposta também contempla condenados pelos atos de 8 de Janeiro, demanda considerada prioritária pelo bolsonarismo.
