A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), contestou as acusações de que o Orçamento deste ano estaria inflado, negando superestimação das receitas. Embora tenha admitido que a peça orçamentária utilizou propostas em análise no Congresso no ano anterior, Tebet destacou que o Ministério da Fazenda apresentou estimativas “razoáveis” e “plausíveis” até julho, alertando sobre possíveis vetos à Lei Orçamentária Anual (LOA).
As declarações da ministra surgem em meio a controvérsias sobre a veracidade das receitas apresentadas no Orçamento de 2024. O Tribunal de Contas da União (TCU) endossou alertas sobre a possibilidade de superestimação e pediu revisões nas despesas primárias. A área técnica do TCU aponta a chance de um déficit de até R$ 55,3 bilhões, questionando a viabilidade da meta de déficit zero. Tebet respondeu às preocupações, apontando mudanças feitas pelo Congresso em 2023 que impactaram negativamente as estimativas de arrecadação.
Ao ser questionada sobre o relatório do TCU, a ministra enfatizou que as alterações aprovadas pelo Congresso diminuíram a previsão de arrecadação, contribuindo para um possível déficit. Tebet revelou que o governo está avaliando possíveis vetos à LOA até 22 de janeiro e destacou a importância de um levantamento minucioso das medidas aprovadas pelo Congresso para determinar as receitas efetivas.