O deputado Alfredo Gaspar (União-AL), relator da CPI mista entre Câmara e Senado do INSS, apresentou um plano de trabalho no qual as investigações sobre o roubo absurdo na folha de pagamento de aposentados e pensionistas devem ter como ponto de partida o primeiro mandato de Dilma Rousseff.
“Serei duro e implacável com todos aqueles que cometeram crimes, independente do governo. Estou aberto a dialogar com governo e oposição, mas não me peçam concessões. Tenho a obrigação de seguir o que a coerência dos fatos pede”, declarou o parlamentar.
Gaspar defende concentrar a apuração da comissão em possíveis fraudes ocorridas a partir de 2015. Segundo ele, o recorte é necessário para afastar questionamentos jurídicos sobre uma possível prescrição do crime. O foco das investigações é apurar os descontos indevidos nas folhas de pagamento que podem chegar a R$ 6,3 bilhões. O escândalo foi revelado após uma megaoperação da Polícia Federal.
“O norte a ser seguido será investigar a atuação de agentes públicos e privados, organizações criminosas, entidades associativas corruptas, lavagem de dinheiro, tudo com o objetivo de proteção ao nosso povo e às nossas instituições, mormente as previdenciárias”, afirmou o relator.