A pré-candidatura de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) vem sendo tratada com seriedade por parte expressiva do eleitorado, segundo levantamento Genial/Quaest divulgado no domingo (21). O estudo mostra que 49% dos entrevistados acreditam que o senador levará sua candidatura à Presidência até o fim, enquanto 38% avaliam que o anúncio pode servir como estratégia de negociação. A percepção de que o nome de Flávio chegará às urnas é mais forte entre os bolsonaristas, com 81% de confiança, e menor entre os lulistas, dos quais 57% enxergam a iniciativa como manobra política. O instituto ouviu 2.004 pessoas entre 11 e 14 de dezembro, apresentando uma margem de erro de 2% e uma confiança de 95%.
O cenário eleitoral ganhou novo contorno após o anúncio feito no início do mês pelo primogênito do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que chegou a admitir a possibilidade de desistência em troca da liberdade do pai, condenado a 27 anos e três meses por suposta tentativa de golpe de Estado. Dias depois, em entrevista à Veja, Flávio reforçou que a candidatura é irreversível e que pretende avançar no debate de ideias. A entrada do senador na disputa ampliou sua viabilidade, já que pesquisas iniciais o colocaram à frente do governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), nome defendido pelo Centrão como alternativa para 2026.
Outro levantamento, realizado pelo Instituto Opinião entre os dias 15 e 17 de dezembro, indica que Lula aparece com 42% das intenções de voto em um eventual segundo turno contra Flávio, que soma 37,6%. A diferença de 4,4 pontos percentuais mantém o petista numericamente à frente, mas revela a aproximação do senador em relação ao líder da esquerda. O estudo, feito com 2.000 entrevistados em todo o país, aponta ainda que mais de 20% do eleitorado se declara indeciso ou disposto a votar nulo e em branco, fator que pode alterar o quadro eleitoral nos próximos meses.








