Antônio Rueda, presidente do União Brasil, é alvo da Polícia Federal na operação Carbono Oculto, que investiga o uso de empresas de aviação ligadas ao PCC para lavagem de dinheiro. A investigação aponta que Rueda seria proprietário oculto de jatos operados por empresas envolvidas com o tráfico, enquanto fundos de investimento serviriam como fachada. A apuração ocorre em meio à aprovação da PEC da Blindagem pela Câmara dos Deputados, que pode conceder foro privilegiado a dirigentes partidários com representação no Congresso.
A PEC da Blindagem, aprovada em dois turnos na Câmara até quarta-feira (17), estabelece que presidentes de partidos só poderão ser processados criminalmente com autorização prévia do Legislativo. A proposta também limita prisões em flagrante a crimes inafiançáveis e impõe prazo de 90 dias para análise de ações penais contra parlamentares. O texto segue agora para o Senado, onde enfrentará resistência na Comissão de Constituição e Justiça, presidida por Otto Alencar (PSD-BA), que já se manifestou contrário à admissibilidade da matéria.
A operação da PF revelou que aeronaves ligadas a Rueda foram utilizadas por empresas como a TAP (Táxi Aéreo Piracicaba), suspeita de transportar líderes do PCC. Um dos pilotos afirmou que os jatos pertenciam a um grupo com “muito dinheiro que precisava gastar”, citando Rueda como um dos donos.












