O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, indicou que a taxa básica de juros deve permanecer nas alturas ainda por um longo período. Atualmente, a Selic está em 14,75% ao ano – esse é o maior nível em quase duas décadas. Segundo ele, as próximas decisões estarão condicionadas a novos dados econômicos, com ênfase na inflação dos próximos meses.
“O momento é de reunir informações com parcimônia”, disse o chefe da autoridade monetária em um evento promovido pelo banco Goldman Sachs, em São Paulo.
Gabriel Galípolo foi indicado por Lula para assumir o BC depois que o petista fez inúmeras críticas à postura adotada pelo ex-presidente da instituição, Roberto Campos Neto. Curiosamente, Galípolo seguiu a mesma linha de seu antecessor. Os juros altos impedem o consumo, tornam mais cara a tomada por empréstimos e travam a economia do país. Isso vem acontecendo diante de uma política de gastança desenfreada e incompetência para atingir as metas propostas.
O mercado financeiro está dividido. Uma parte aposta na manutenção da Selic, a outra não descarta uma nova elevação, talvez de 0,25% ao ano.