A Polícia Federal identificou movimentações financeiras que somam mais de R$ 1 milhão em favor de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, dentro da Operação Sem Desconto, deflagrada na quinta-feira (18). Os pagamentos foram realizados por intermédio da lobista Roberta Luchsinger, considerada peça-chave na ocultação de patrimônio do esquema liderado por Antônio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS. A decisão do ministro André Mendonça, do STF, autorizou buscas e apreensões em São Paulo e citou diretamente o filho de Lula como beneficiário dos repasses.
Segundo os investigadores, cinco transferências de R$ 300 mil cada foram feitas pela empresa de fachada de Antônio Carlos para a RL Consultoria e Intermediações LTDA., controlada por Roberta. Documentos e mensagens analisados pela PF mostram que os valores tinham como destino “o filho do rapaz”, referência a Lulinha. O total de R$ 1,5 milhão foi movimentado sem comprovação de serviços prestados, reforçando a suspeita de lavagem de dinheiro. A proximidade entre Lulinha e Roberta também foi registrada em viagens internacionais e nacionais, incluindo deslocamentos para Portugal e Brasília.
Além dos repasses, a PF apurou que a empresa de Roberta recebeu mais de R$ 18 milhões em contratos, dos quais R$ 1,1 milhão veio diretamente da Brasília Consultoria Empresarial LTDA., ligada ao Careca do INSS. Conversas interceptadas revelam que, mesmo após a deflagração da operação, Roberta e Antônio Carlos continuaram planejando atividades ilícitas. O caso expõe a ligação de Lulinha com figuras centrais do esquema e amplia a pressão sobre o Governo Federal, que já havia atuado para barrar convocações de testemunhas no Congresso relacionadas às fraudes na Previdência.
Com informação de Poder360, que teve acesso a documentos da corporação.









