A Polícia Federal já tem a informação concreta e confirmada para quem o tenente-coronel Mauro Cid enviou os áudios com críticas a conduta tanto da PF quanto do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. No entanto, a identidade do interlocutor permanece em sigilo. O vazamento das mensagens tem o foco no acordo de delação premiada. Cid foi preso na última sexta-feira (22) após depor no STF sobre esses áudios. Ele foi ouvido por cerca de meia hora e chegou a desmaiar durante a sessão.
Na gravação, o militar afirma que Alexandre de Moraes e a Polícia Federal já decidiram condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. Segundo ele, a busca agora é somente para confirmar as narrativas: “Todas as vezes eles falavam: ‘Ó, mas a sua colaboração… Ó, a sua colaboração está muito boa’. Ele até falou: ‘Vacina, por exemplo, você vai ser indiciado por nove negócios de vacina, nove tentativas de falsificação de vacina. Vai ser indiciado por associação criminosa e mais um termo lá’. Ele falou assim: ‘Só essa brincadeira são 30 anos para você’ “.
A Suprema Corte justificou o novo mandado de prisão por descumprimento das medidas cautelares e obstrução à Justiça.
Já a defesa do tenente-coronel Mauro Cid divulgou uma nota negando que o cliente questione as investigações da Polícia Federal sobre ele.