A Petrobras, sob a gestão do governo Lula (PT), registrou um prejuízo líquido de R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre de 2024, marcando o primeiro resultado negativo desde 2020. No mesmo período do ano passado, a empresa havia reportado um lucro líquido de R$ 28,8 bilhões. Este desempenho contrastante ocorre após a estatal ter alcançado recordes de lucratividade durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), quando reformas na administração e políticas de preços favoreciam os resultados da empresa.
Entre os principais fatores que levaram ao prejuízo, a Petrobras citou a adesão a um acordo para encerrar uma disputa tributária, o que resultou em um impacto de R$ 11,9 bilhões no trimestre. Além disso, a variação cambial também afetou negativamente o balanço, embora a companhia tenha destacado que esses efeitos não tiveram impacto relevante no caixa da empresa. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado também sofreu uma queda de 12,3% em relação ao mesmo período de 2023.
Apesar do prejuízo, a Petrobras aprovou o pagamento de R$ 13,57 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio, utilizando parte de uma reserva criticada à época de sua criação. A companhia também revisou para baixo sua projeção de investimentos para 2024, com uma nova estimativa entre US$ 13,5 bilhões e US$ 14,5 bilhões, uma redução importante em comparação com a previsão anterior.