A manutenção da meta fiscal de 2024 em 2025, anunciada pelo Governo no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025, foi recebida com desconfiança no Congresso. Até o ano passado, a União dizia que a meta de 2025 seria de um superávit nas contas de 0,5% do Produto Interno Bruto. Agora, a ideia é equilibrar receitas e despesas e zerar o déficit nos dois anos.
A mudança foi justificada pelos técnicos pela frustração na aprovação de algumas medidas para conter perdas de receitas. O deputado Claudio Cajado (PP-BA) afirma que o governo está apostando muito no aumento de receitas, deixando de lado o corte de despesas.
“Você tem as despesas obrigatórias crescendo, o que achata e diminui radicalmente as despesas discricionárias, fazendo com que o colchão de possibilidades para atender outras demandas esteja praticamente exaurido”, disse.
Para o deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), a mudança nas metas aumenta o espaço para o crescimento dos gastos. E citou que a lei possibilita que as metas sejam consideradas cumpridas, caso fiquem 0,25% do PIB, abaixo ou acima do objetivo em questão.
“O que aconteceu também com o governo é um recado muito claro que ele não vai operar no centro da meta de resultado primário que foi estabelecida. Ele vai usar as margens, as mais favoráveis ao aumento da despesa. Como fará neste ano”, afirmou.
Fonte: Agência Câmara de Notícias