O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, revelou um plano utópico para reconstruir Gaza chamado “Gaza 2035”.
O Gabinete do Primeiro-Ministro publicou um arquivo de PowerPoint de 9 páginas que descreve um futuro onde Gaza é desradicalizada do islamismo, transformada em um centro comercial de prosperidade e inovação e integrada na economia do Oriente Médio.
O plano “Gaza 2035” busca aproveitar o papel geopolítico de Gaza nas rotas comerciais entre o Cairo e Bagdá, e Europa e Iêmen.
Os documentos descrevem três etapas para devolver a Gaza o autogoverno e o crescimento econômico.
A primeira fase contemplaria 12 meses de ajuda humanitária, onde Israel criaria lentamente áreas seguras em Gaza de norte a sul.
Em segundo lugar, um processo de reconstrução de 5 a 10 anos supervisionado por uma coalizão de estados árabes (Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito, Bahrein, Jordânia e Marrocos).
“O plano é transferir a responsabilidade de segurança de Israel para Israel, enquanto a Coalizão Árabe criará um órgão multilateral chamado Autoridade de Reabilitação de Gaza (ARG) para supervisionar os esforços de reconstrução e gerenciar as finanças da Faixa”, informou o Jerusalem Post.
“A ARG será liderada por palestinos de Gaza e se encarregará de gerenciar as áreas seguras”.
A terceira etapa, denominada “Autogoverno”, veria Israel reter o direito de agir contra “ameaças à segurança”.
Nesse ponto, os palestinos gerenciariam totalmente Gaza de forma independente e se juntariam aos Acordos de Abraão, embora o plano não chame explicitamente para a criação de um Estado palestino soberano.