O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta segunda-feira (8) que preparativos estavam em andamento para a operação militar na cidade de Rafah, localizada perto da fronteira de Gaza com o Egito. A operação visa alvejar os últimos batalhões do Hamas e desmantelar sua presença na área.
A declaração de Netanyahu ocorreu enquanto negociadores israelenses se envolviam em conversações no Cairo, Egito, com a esperança de fechar um acordo com o Hamas por meio dos esforços de mediação do Egito, Qatar e Estados Unidos. As negociações estão focadas em garantir a libertação de alguns dos 133 reféns israelenses restantes, alguns dos quais são relatados como mortos.
Em um comunicado compartilhado online e traduzido pelo Gabinete de Imprensa do Governo de Israel, Netanyahu enfatizou o compromisso do governo em alcançar seus objetivos, sendo o mais importante o retorno seguro de todos os reféns e a derrota decisiva do Hamas.
“A vitória que buscamos requer a eliminação das ameaças terroristas representadas pelo Hamas”, declarou Netanyahu. “Estamos resolutos em nossa determinação de cumprir esta missão, e a operação em Rafah prosseguirá conforme agendado.”
O anúncio da ação militar planejada ocorre apesar da oposição da administração Biden, que defendeu estratégias alternativas para lidar com a ameaça do Hamas. Embora os EUA tenham expressado preocupações com uma possível incursão israelense em Rafah, não divulgaram métodos alternativos específicos para alcançar o objetivo de desmantelar o Hamas.
Respondendo ao anúncio de Netanyahu, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, afirmou que os Estados Unidos não foram formalmente informados da data agendada para a operação militar de Israel.