Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro estão em meio a um acordo nos bastidores para garantir que ele cumpra sua eventual pena em regime de prisão domiciliar. O plano busca evitar que Bolsonaro, que teme represálias, seja enviado a uma prisão comum como a da Papuda.
A negociação envolveria a aprovação de uma anistia ampla em troca de um entendimento para a prisão em casa, mas a decisão final depende do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que não deu sinais de aceitar a proposta. Diante disso, o entorno de Bolsonaro considera outras alternativas, como a inclusão de um artigo na lei de anistia que beneficie ex-presidentes ou um pedido formal de sua defesa, que ganhou força após o recente diagnóstico de câncer de pele.
Negociação sigilosa
Uma negociação em caráter confidencial estaria em andamento entre lideranças do Centrão, encabeçadas pelo presidente da Câmara, Hugo Motta, e membros do Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo do acordo seria viabilizar uma solução política para a situação dos condenados pelos atos de 8 de janeiro, evitando a concessão de uma anistia ampla.
Segundo a “Folha de São Paulo”, fontes próximas às discussões indicam que o entendimento envolveria a aprovação de uma lei que abrandaria as penas aplicadas aos réus. Em troca, o Centrão se comprometeria a não aprovar um perdão geral para os crimes já julgados. O ponto-chave das conversas seria a garantia de que o ex-presidente Jair Bolsonaro cumpriria uma possível condenação em regime de prisão domiciliar. As negociações, porém, ainda não foram confirmadas oficialmente pelos envolvidos.