Moraes afirma que ‘não vai recuar um milímetro’ em processo contra Bolsonaro

Redação 011
2 Min
Moraes afirma que 'não vai recuar um milímetro' em processo contra Bolsonaro
foto: reprodução/ The Washington Post

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, afirmou em entrevista ao jornal The Washington Post que não há “a menor possibilidade de recuar nem um milímetro” em suas decisões judiciais, mesmo após ser sancionado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Moraes foi incluído na Lei Magnitsky, mecanismo usado para punir estrangeiros acusados de violar direitos humanos, o que bloqueia seus bens nos EUA e impede transações com empresas e cidadãos americanos. A Casa Branca justificou a medida alegando que o magistrado estaria promovendo uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), cuja ação penal por tentativa de golpe será julgada entre os dias 2 e 12 de setembro.

Na entrevista, Moraes defendeu que o processo contra Bolsonaro seguirá os trâmites legais e será conduzido com base em provas. “Faremos o que é certo: receberemos a acusação, analisaremos as provas, e quem deve ser condenado será condenado, e quem deve ser absolvido será absolvido”, afirmou. O ministro também rebateu críticas internacionais, especialmente dos EUA, ao afirmar que “não há chance de recuarmos do que precisa ser feito”. Segundo ele, o Brasil foi “infectado pela doença da autocracia” e cabe ao Judiciário aplicar uma “vacina preventiva” para proteger a democracia. Moraes ainda destacou que, diferentemente dos EUA, o Brasil tem histórico de golpes e ditaduras, o que exige instituições mais resilientes.

Enquanto o Governo Lula (PT) mantém apoio institucional ao ministro, lideranças conservadoras alertam para os riscos de excessos judiciais e restrições à liberdade de expressão. Moraes tem sido criticado por decisões que impactam plataformas digitais e que também atingem diretamente figuras da oposição. O jornal norte-americano classificou o ministro como “xerife da democracia”, destacando que suas ações reverberam globalmente. A inclusão de Moraes na Lei Magnitsky, geralmente aplicada a ditadores e terroristas, marca um ponto de inflexão nas relações entre o Brasil e os EUA sob o governo Trump, que tem adotado medidas de pressão para provocar mudanças políticas no país.

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