A concessionária Enel enfrenta uma série de investigações por parte das instituições governamentais diante da grave crise de falta de energia na Região Metropolitana de São Paulo, desencadeada pelo temporal ocorrido no último dia 3. A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) lidera as iniciativas de investigação com a criação da CPI da Enel, enquanto o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e a Câmara Municipal de São Paulo também buscam respostas sobre a atuação da empresa, que deixou uma parte considerável da região metropolitana sem energia por até quatro dias.
A Alesp está priorizando a convocação do presidente da Enel para prestar esclarecimentos sobre a situação que afetou mais de 500 mil imóveis na Grande São Paulo. Moradores da capital relatam a escassez de funcionários da empresa para reparar as redes danificadas, o que causa atrasos na solução do problema.
Enquanto isso, o MP-SP anunciou a abertura de uma investigação para apurar possíveis omissões da Enel no restabelecimento de energia. Um grupo de vereadores da Câmara Municipal de São Paulo conseguiu as 18 assinaturas necessárias para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar a empresa. O pedido de CPI destaca a má prestação de serviços da Enel, que deixou diversos bairros sem energia e causou prejuízos a cidadãos, incluindo a perda de alimentos, aparelhos elétricos e o impedimento do funcionamento de dispositivos médicos.