O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, levantou dúvidas sobre a integridade das eleições brasileiras, alegando que o sistema não é auditável. Em um comício recente, Maduro afirmou que a Venezuela possui “o melhor sistema eleitoral do mundo”, onde cada voto é registrado em papel para auditoria, e depois as caixas são sorteadas pelo Conselho Nacional Eleitoral para a mesma. Ele sugeriu que, ao contrário do Brasil, as eleições venezuelanas são mais transparentes. A fala de Maduro ocorre enquanto ele busca a reeleição, defendendo a integridade do processo eleitoral venezuelano e criticando os sistemas dos Estados Unidos e da Colômbia.
O Itamaraty, órgão responsável pelas relações exteriores do Brasil, optou por não comentar as declarações de Maduro, mantendo silêncio sobre a fala do ditador, aliado de Lula (PT). Entretanto, o portal de notícias G1 saiu em defesa do sistema eleitoral brasileiro, afirmando que “as eleições no Brasil são totalmente auditáveis, com processos múltiplos e complementares”. A Globo recordista em recebimento de verba publicitária do Governo Federal, destaca que no Brasil. todas as etapas das eleições são acompanhadas por entidades e partidos políticos, garantindo a transparência do processo.
As declarações de Maduro contrastam com as críticas frequentes da oposição venezuelana, que alega manipulações eleitorais e falta de liberdade de imprensa. Eles denunciam práticas como o uso do programa social venezuelano equivalente ao ‘Bolsa Família’ em troca de votos e a censura de candidatos de oposição na mídia, além de violência eleitoral para que a oposição se abstenha de votar e a prática de falsificação de votos de pessoas falecidas para registrar votos em favor de Maduro. Com a eleição se aproximando, a oposição relata dificuldades em obter credenciais fiscais eleitorais, sugerindo uma atmosfera de repressão. Apesar disso, Maduro declarou que vencerá as eleições e que a oposição terá que aceitar os resultados.
Atualização às 18:35
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, disse que o sistema eleitoral brasileiro é confiável, destacando que as urnas e o processo eleitoral são auditados rigorosamente e que nunca houve comprovação de fraudes. Essas declarações foram uma resposta às críticas do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, que questionou a validade das eleições no Brasil.