Durante viagem oficial à França neste sábado (7), Lula da Silva (PT) afirmou que poderá entrar em contato direto com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para pressioná-lo a comparecer à COP30, evento climático da ONU marcado para novembro em Belém (PA). “Se o Trump não confirmar que vem, eu vou pessoalmente ligar para ele”, disse Lula. O brasileiro destacou a importância da participação americana, citando o alto índice de poluição do país.
Além da ameaça de telefonema, Lula usou sua passagem por Paris para criticar as recentes medidas protecionistas adotadas por Trump, como o aumento de tarifas de importação. O petista defendeu que a conclusão do acordo entre União Europeia e Mercosul seria uma resposta ao que chamou de “unilateralismo” do governo norte-americano. Em tom descontraído, Lula ainda ironizou o presidente americano ao dizer que pretende participar da cúpula do G7 “antes que o Canadá seja anexado pelos Estados Unidos”.
O presidente também aproveitou a ocasião para cobrar o envolvimento de outras lideranças internacionais, como o presidente chinês Xi Jinping, e voltou a defender uma “governança mundial mais representativa”. Lula estimou, sem fontes, que o custo para frear o aquecimento global em 1°C seria de US$ 1,3 trilhão, e afirmou que os países ricos têm dívida histórica com o meio ambiente. A COP30, segundo ele, precisa ir além das celebrações e focar em soluções concretas para as populações da Amazônia.