O primeiro ano de mandato da terceira gestão de Lula (PT) foi marcado por um aumento nos gastos públicos, refletindo a gestão dos recursos financeiros do país. De acordo com dados do Tesouro Nacional, em 2023, a União despendeu cerca de R$ 3,3 bilhões em diárias, passagens e locomoção, o que representa um incremento de 29,2% em relação ao ano anterior, ainda sob a administração do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Essa cifra chama a atenção quanto à priorização de investimentos, especialmente quando comparada a áreas essenciais como a educação. Para se ter uma perspectiva, os R$ 3,3 bilhões gastos em despesas administrativas no último ano equivaleriam à construção de aproximadamente 1650 escolas de tempo integral, utilizando como referência o investimento de R$ 2 bilhões realizado pelo governo de São Paulo em 2021 para erguer 50 dessas instituições.
Enquanto bilhões são direcionados a despesas burocráticas e logísticas dos funcionários do Planalto, os serviços essenciais sofrem com a escassez de recursos e infraestrutura adequada, o que repercute diretamente na qualidade de vida dos cidadãos brasileiros. Um exemplo da necessidade de aplicar os recursos de forma apropriada é apontado no levantamento do Conselho Federal de Medicina, que indica um déficit de 18,2 mil leitos hospitalares no Sistema Único de Saúde (SUS), bem como os números apresentados pela Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro sobre o déficit de 25 mil policiais civis e militares no estado.