Argentina registrou um surpreendente superávit financeiro de US$ 620 milhões em janeiro, o primeiro em 12 anos após vários governos de esquerda e centro.
Segundo o governo argentino, o dado é resultado de um superávit primário e do pagamento de juros da dívida pública.
“Esta é a primeira vez desde agosto de 2012 que o Governo Nacional gasta menos do que arrecada e que os pagamentos de juros da dívida não deixam as contas públicas no vermelho”, diz um comunicado do Gabinete da Presidência da Argentina.
“O superávit fiscal beneficia todos os argentinos; permite encerrar a emissão, começar a reduzir a inflação e traçar o caminho para a redução de impostos”, continuou o comunicado.
O último presidente, o socialista Alberto Fernández, deixou as finanças da Argentina à beira do colapso total, com taxas de inflação em torno de 160% no momento da posse de Milei em 10 de dezembro.
As medidas começaram com a assinatura de um Decreto de Necessidade e Urgência (DNU), um tipo especial de decreto executivo na lei argentina, que modificou ou eliminou cerca de 350 políticas socialistas como parte do primeiro passo de Milei para desregularizar a economia argentina.
Um objetivo de “déficit zero”, que Milei e Caputo insistiram que é uma questão “inegociável”, é um dos termos-chave do acordo revisado da Argentina com o Fundo Monetário Internacional (FMI) em relação à sua dívida de cerca de US$44 bilhões com a organização, além de um superávit primário em 2024 equivalente a dois por cento do produto interno bruto (PIB) da nação.