O Governo do Piauí, liderado pelo petista Rafael Fonteles, divulgou uma campanha institucional que gerou forte reação nas redes sociais. O vídeo, publicado em 12 de outubro, mostra dois jovens negros furtando o celular de um rapaz branco, seguido pela prisão dos suspeitos e a devolução do aparelho à vítima. A peça publicitária foi criada para promover o programa estadual “Meu Celular de Volta”, voltado ao rastreamento de celulares roubados, mas acabou sendo acusada de reforçar estereótipos raciais.
A repercussão negativa levou o governador a apagar o vídeo de seu perfil na rede X, após críticas de movimentos ligados à pauta racial e de lideranças políticas. O grupo Afro Progressistas, vinculado ao PP, classificou a propaganda como uma “narrativa racista” que perpetua a exclusão de pessoas negras. O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), também se manifestou, responsabilizando o governo Lula no estado pela insegurança e pelo uso excessivo de recursos públicos em publicidade, em vez de investir em ações efetivas de segurança.
Apesar da polêmica, Rafael Fonteles voltou a divulgar o programa “Meu Celular de Volta” em 21 de outubro, sem mencionar o vídeo anterior. Na nova publicação, o petista afirmou que o Piauí é “o estado mais seguro do Nordeste”, embora não tenha respondido aos questionamentos sobre a campanha original. Até o momento, o Governo do Piauí não apresentou esclarecimentos sobre os critérios utilizados na escolha dos personagens da propaganda, nem sobre os custos envolvidos na produção do material.











