A Meta terá até hoje (13) para explicar por que decidiu suspender a checagem em suas redes sociais no Brasil. A decisão, que foi anunciada em 7 de janeiro pelo fundador Mark Zuckerberg, gerou uma série de reações do governo Lula (PT) e da Advocacia Geral da União (AGU), que enviou uma notificação extrajudicial à empresa na última sexta-feira (10). O governo exige esclarecimentos sobre as novas políticas adotadas pela gigante de tecnologia, especialmente sobre o fim do sistema de verificação de fatos que favorecia pautas de esquerda e perseguia conservadores.
O advogado-geral da União, Jorge Messias, criticou a mudança de postura da Meta, comparando-a a uma “biruta de aeroporto” devido à constante mudança de direção. Em entrevista, Messias afirmou que a sociedade brasileira não pode ser deixada à mercê da falta de clareza nas políticas da Meta, que afetariam especialmente populações vulneráveis, como crianças, adolescentes e pequenos comerciantes que dependem das plataformas para seus negócios. “A sociedade brasileira não ficará à mercê desse tipo de política”, disse.
Por sua vez, Lula da Silva convocou uma reunião com ministros para discutir formas de regulamentar as redes sociais e combater possíveis impactos das mudanças da Meta sobre as políticas adotadas ou pautas defendidas pelo seu governo. O encontro, ocorrido na sexta-feira (10), também abordou resistências enfrentadas pelo PL das Fake News e como o governo pode avançar em um novo marco regulatório. O ministro Rui Costa (PT) e outros integrantes do governo participaram das discussões, com o objetivo de supostamente garantir a proteção dos direitos fundamentais da população.