Exportações brasileiras desabam por ‘tarifaço’, mas governo evita negociar com EUA

Redação 011
2 Min
Exportações brasileiras desabam por 'tarifaço', mas governo evita negociar com EUA
foto: Arquivo/Elza Fiúza/Agência Brasil

Empresas brasileiras começaram a suspender operações e interromper contratos internacionais após o anúncio de uma tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre diversos produtos do Brasil. Setores como carne bovina, mel, pescados, madeira e móveis foram imediatamente afetados, com embarques cancelados e fábricas paralisadas. A medida, que entrará em vigor no dia 1º de agosto, já trouxe impactos diretos para estados exportadores como Mato Grosso do Sul, Paraná, Espírito Santo, Piauí e Pernambuco.

Mesmo diante da gravidade da situação, o governo Lula (PT) evita tratar do que autoridades norte-americanas consideram o ponto-chave das negociações: a redemocratização do Brasil e o respeito às liberdades civis. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou que o país continua apostando no diálogo diplomático, embora até agora os Estados Unidos não tenham respondido sequer à primeira carta enviada em maio. “Não descartamos o tarifaço, mas seguimos em negociações”, afirmou Haddad à Rádio CBN, sem mencionar ações concretas para conter os danos econômicos.

A paralisação afeta cadeias produtivas inteiras. No Paraná, a BrasPine concedeu férias coletivas a 700 funcionários após a suspensão das exportações de madeira. No Piauí, 95 toneladas de mel ficaram presas em contêineres, e no Mato Grosso do Sul, grandes frigoríficos suspenderam os embarques de carne e tilápia, produto cuja exportação depende quase exclusivamente dos EUA. A Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca) confirmou que ao menos 58 contêineres estão parados em portos do Nordeste, sem previsão de liberação.

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