O ex-guerrilheiro e presidente socialista da Colômbia, Gustavo Petro, fez um discurso onde se afastou ainda mais do velho amigo chavista, o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, e saiu em defesa de María Corina Machado, destacando sua inabilitação para participar em campanhas eleitorais como uma clara violação dos direitos políticos.
Petro comparou a situação de Machado com suas próprias experiências na Colômbia, enfatizando a importância de abordar a violação dos direitos políticos em toda a região latino-americana. Ele apontou que o uso da administração pública para restringir esses direitos mina os princípios democráticos fundamentais e afeta não apenas os indivíduos, mas toda a sociedade.
Além disso, Petro fez um apelo para refletir sobre a dupla moral no tratamento desses casos, instando a reconhecer e abordar os problemas semelhantes que existem na Colômbia e em outros países da região. Em meio às suas palavras, ele instou à defesa dos direitos políticos em sua totalidade e à ampliação da discussão para incluir outros “aspectos fundamentais”, vinculados ao que se considera como a agenda cultural da esquerda (direitos políticos, direitos ambientais, entre outros que mencionou).
As declarações de Petro coincidem com as declarações feitas pelo presidente do México e também por Lula, que criticou a gestão do processo eleitoral na Venezuela, o que mostra que a esquerda latino-americana está abandonando o velho amigo, o chavismo.