O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, arquivou o pedido de prisão preventiva contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A solicitação havia sido feita pela vereadora Liana Cirne (PT) e um assessor, mas foi rejeitada sob a justificativa de “ilegitimidade da parte”. A decisão seguiu parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou falta de elementos mínimos que justificassem uma investigação criminal contra Bolsonaro.
A PGR, por meio do procurador-geral Paulo Gonet, destacou que um processo criminal contra o ex-presidente só poderia ser iniciado pelo Ministério Público. Além disso, argumentou que os relatos apresentados pelos denunciantes não continham indícios suficientes de crime. A manifestação da PGR foi determinante para que Moraes arquivasse o caso, reforçando que a notícia-crime não deveria ter sido encaminhada ao STF.
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, criticou duramente a atuação de Moraes e sugeriu que a situação faz parte de uma estratégia do ministro para construir uma falsa sensação de justiça. “Ele fica gerando terror, narrativas para que você se acostume com aquela questão da prisão de Bolsonaro”, afirmou. O parlamentar ainda classificou os sucessivos arquivamentos como um artifício para desviar a atenção sobre as constantes acusações de perseguição política contra sua família.