Eduardo Bolsonaro (PL-SP), cassado pela Câmara na quinta-feira (18), declarou neste sábado (20) que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), estaria sob pressão direta do ministro do STF Alexandre de Moraes. Segundo o parlamentar, Motta teria alterado posições políticas relevantes, como em relação à anistia, após operações da Polícia Federal atingirem a prefeitura administrada pelo pai dele. Eduardo classificou a situação como um reflexo da influência de Moraes sobre decisões internas da Câmara.
O ex-deputado, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), lamentou a cassação de seu mandato por excesso de faltas e disse que não houve esforço da Mesa Diretora para que pudesse apresentar defesa. Ele afirmou que Motta não permitiu sua indicação como líder da minoria, posição que dispensaria presença em plenário. Eduardo relatou que a mudança de postura do presidente da Câmara ocorreu após ações da PF determinadas por Moraes, o que teria impactado diretamente sua atuação parlamentar.
Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde fevereiro e justificou sua ausência em sessões como parte de sua agenda internacional. Conforme o artigo 55 da Constituição Federal, parlamentares podem perder o mandato ao faltar a um terço das sessões ordinárias sem justificativa. Outro deputado cassado, Alexandre Ramagem (PL-RJ), também criticou Hugo Motta, afirmando que o dirigente da Câmara se comporta como uma “marionete” nas mãos de Moraes.







