O dólar registrou uma nova escalada na tarde de segunda-feira (15), atingindo a marca de R$ 5,21 por volta das 14h30, em meio ao anúncio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), sobre a mudança na meta fiscal para o ano de 2025. Pouco depois, às 15 horas, a moeda norte-americana recuou para R$ 5,19, representando uma valorização de 1,47%.
A alta do dólar foi impulsionada pela apresentação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, que elevou a cotação da moeda para além dos R$ 5,20. O ministro petista confirmou que o superávit primário previsto anteriormente será de zero (0%), com a possibilidade de um déficit de 0,25%. Além disso, o chefe da Fazenda anunciou que o salário mínimo será de R$ 1.502 no próximo ano.
Essa mudança no arcabouço fiscal causou um cenário de incerteza no mercado, impactando não apenas o valor do dólar. O superávit primário de zero significa que as contas públicas não terão um saldo positivo sem o pagamento de juros. Em outras palavras, o governo não terá uma reserva de recursos para pagar dívidas e investir em novos projetos, equilibrando suas receitas e despesas de forma que não haja um saldo final de superávit nem déficit.