Parlamentares preparam uma manifestação no Congresso para pressionar o governo pela manutenção do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos. O Perse, que concede benefícios tributários para o setor de turismo, foi encerrado pela Medida Provisória da reoneração da folha de pagamentos, editada em dezembro por Lula, e ignorado na nova MP da desoneração, enviada no fim de fevereiro.
O coordenador da Frente Parlamentar Mista da Hotelaria Brasileira, deputado Gilson Daniel (Podemos-ES), argumenta que a extinção do programa, como deseja a atual administração, vai aumentar a carga tributária, interrompendo novos investimentos e o pagamento de dívidas adquiridas durante a pandemia. Ele afirma que o Perse impulsiona setores responsáveis por mais de 8 milhões de empregos e 7,6% do PIB.
O parlamentar apresentou uma emenda à MP para manter os benefícios até 2026: “A eventual extinção do programa traz a desconstrução no planejamento empresarial, a insegurança jurídica, risco iminente de demissões, provável aumento nos preços para os consumidores de setores como hotéis, cinemas, teatros, shows, casas noturnas, feiras e convenções. É isso que queremos evitar”, afirmou.
O Perse foi criado durante a pandemia para socorrer o setor, fortemente impactado pelas medidas de isolamento social durante a pandemia da Covid-19.