A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que, a partir de setembro, a conta de luz terá a bandeira tarifária vermelha patamar 2, o que resultará em um custo adicional de R$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Essa é a primeira vez em mais de três anos que esse nível de bandeira é acionado, e a justificativa é a previsão de chuvas abaixo da média para o próximo mês, o que afeta negativamente os reservatórios das hidrelétricas no Brasil.
Segundo a Aneel, a expectativa é que a afluência nos reservatórios fique cerca de 50% abaixo da média histórica, o que, aliado a temperaturas mais altas do que o normal, força o acionamento de termelétricas, que possuem um custo de produção mais elevado. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), reconheceu o desafio hídrico e afirmou que o governo estuda medidas alternativas para enfrentar o cenário, incluindo o possível acionamento de termoelétricas, dependendo da análise do Tribunal de Contas da União (TCU).
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para repassar mensalmente aos consumidores os custos reais de geração de energia, evitando que esses custos fossem acumulados e repassados apenas nos reajustes anuais das tarifas. Enquanto isso, a Aneel ressaltou a importância do consumo consciente de energia para evitar desperdícios e minimizar o impacto no setor elétrico e no meio ambiente.