O conselheiro do presidente norte-americano Donald Trump, Jason Miller, reafirmou neste domingo (10) seu apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e criticou decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em publicação na rede social X, Miller afirmou que não vai “parar” ou “ceder” até que Bolsonaro esteja livre. A mensagem foi uma resposta a um internauta que minimizou a importância da libertação do ex-chefe do Executivo em relação a um eventual impeachment de Moraes.
A declaração ocorre após a prisão domiciliar de Bolsonaro, determinada por Moraes em 4 de agosto, sob acusação de descumprir medidas cautelares. Entre as restrições, estão a proibição de receber visitas não autorizadas pelo STF, de manter contato com embaixadores e autoridades estrangeiras e de usar redes sociais ou telefone, inclusive por meio de terceiros. A decisão foi tomada após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ter feito uma chamada de vídeo do pai durante ato em Copacabana. A Polícia Federal também apreendeu o celular do ex-presidente.
A defesa de Bolsonaro afirma que ele seguiu integralmente as medidas impostas e que a frase dita durante o ato, “Boa tarde, Copacabana. Boa tarde meu Brasil. Um abraço a todos. É pela nossa liberdade. Estamos juntos”, não configura crime nem descumprimento. Advogados sustentam que não havia proibição de entrevistas ou discursos públicos. Miller, que já havia compartilhado críticas de Eduardo Bolsonaro, alega que Alexandre de Moraes age como se fosse o governante do país e mantém publicações acusando o ministro de ultrapassar suas atribuições.