Após o encontro com Lula (PT), o futuro de Jean Paul Prates na presidência da Petrobras ganhou uma ‘esticada’, com o aval do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que indicou apoio à nomeação de Rafael Dubeux para o conselho da empresa. Apesar de Rui Costa, ministro da Casa Civil, afirmar que a saída de Prates não está em discussão no governo, a situação do CEO petista é delicada, especialmente após sua abstenção na votação sobre o pagamento de dividendos.
A decisão de postergar a distribuição de dividendos adicionais pela Petrobras gerou reações no mercado financeiro, resultando em uma queda no valor de mercado da empresa. Prates esclareceu que a medida foi tomada em consulta com o acionista majoritário, visando fechar o balanço financeiro de 2023. No entanto, a divulgação de R$ 14,2 bilhões em dividendos para o trimestre, dentro do modelo de pagamento mínimo da companhia, não atendeu às expectativas do mercado, resultando na rejeição da proposta de distribuição de dividendos extraordinários.
Prates enfrenta pressões internas e a possibilidade de uma eventual saída não é descartada no futuro, sua permanência no cargo dependerá das próximas medidas e de suas ações na Petrobras. Enquanto isso, as declarações de Lula, desautorizando Prates publicamente e questionando a política de distribuição de dividendos da empresa, sugerem tensões entre a Petrobras e o governo, o que pode impactar o futuro da empresa, que já foi considerada uma das mais rentáveis do mundo durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).