Guilherme Boulos, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL, declarou em sabatina nesta quarta-feira (24) que não permitirá a implementação de escolas cívico-militares na capital paulista, caso seja eleito. Boulos se posicionou contra o modelo, recentemente sancionado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), argumentando que “escolas militares são a falência da educação”. A proposta de Tarcísio prevê a inclusão de policiais militares da reserva como instrutores de disciplinas como ética e cidadania.
Além de se opor ao modelo cívico-militar, Boulos criticou a participação de militares na educação, afirmando que o papel dos profissionais de segurança deve se restringir à segurança pública. “Você não vai botar um professor pra patrulhar a rua. Vai colocar a Polícia Militar, a Guarda Civil. Agora, você não vai botar um militar pra ensinar crianças e jovens. Isso é uma coisa inacreditável”, afirmou. Ele também enfatizou que a função dos professores é insubstituível dentro da sala de aula.
A proposta de escolas cívico-militares tem apoio de 24 diretores de escolas municipais em São Paulo e do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que defende a modalidade. O governador Tarcísio de Freitas enviou à Assembleia Legislativa um projeto para a criação de um programa estadual envolvendo 302 instituições de ensino, o qual já foi sancionado. No entanto, PSOL e PT questionam a constitucionalidade da lei e a Advocacia-Geral da União (AGU) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um parecer pela inconstitucionalidade do modelo.