As contas do setor público consolidado no Brasil revelam um cenário preocupante para o ano de 2023, com um déficit primário de R$ 249,12 bilhões, conforme dados divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira (7). Esta situação marca uma deterioração em relação ao ano anterior, quando o país registrou um superávit de R$ 125,99 bilhões durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). A piora, no acumulado de 2023, portanto, foi de R$ 375,11 bilhões. Esse déficit, que equivale a 2,29% do Produto Interno Bruto (PIB), representa um desequilíbrio nas finanças públicas, refletindo a ineficiência na gestão dos recursos e a expansão descontrolada das despesas.
Entre os fatores que contribuíram para o alto rombo nas contas públicas em 2023, destaca-se o aumento das despesas, notadamente com a aprovação da polêmica PEC da transição, que gerou um incremento de R$ 168 bilhões nos gastos. Essa medida demonstra uma preocupante tendência de expansão do Estado, desconsiderando os princípios de responsabilidade fiscal e o equilíbrio orçamentário.
Diante desse quadro, o governo, em vez de adotar políticas de austeridade, tem buscado solucionar o problema por meio do aumento da arrecadação, promovendo mudanças tributárias que impactam negativamente a atividade econômica e penalizam os contribuintes. No entanto, tais medidas têm apresentado resultados aquém do esperado, evidenciando a ineficácia das políticas adotadas.