O governo socialista de Maduro começa a ver os benefícios da flexibilização das sanções sobre o petróleo e o gás, que foram aplicadas durante o governo Biden. O governo da Índia, nesse sentido, através do Ministro do Petróleo, Hardeep Singh Puri, anunciou que o país retomará a compra de petróleo venezuelano.
A Índia é o terceiro maior comprador de petróleo do mundo e depende da importação de aproximadamente 80% de seu petróleo bruto do mundo. O país havia interrompido a importação de petróleo venezuelano em 2020, quando o governo Trump impôs sanções à PDVSA, a petroleira venezuelana.
Antes das sanções em 2019, a Índia, segundo relatos, importava mais de 10 milhões de barris de petróleo venezuelano por mês. Puri destacou que a Índia possui refinarias de petróleo capazes de processar o petróleo pesado da Venezuela.
Puri anunciou que as empresas indianas Reliance Industries, Indian Oil Corp e HPCL-Mittal Energy já garantiram cargas de petróleo venezuelano, com os primeiros carregamentos, de aproximadamente 4 milhões de barris, previstos para fevereiro.
“Muitas de nossas refinarias, incluindo Paradip, são capazes de usar esse petróleo pesado da Venezuela. E compraremos o petróleo venezuelano”, afirmou Puri.
Por sua parte, o presidente da PDVSA e também ministro do petróleo, Pedro Tellechea, assinou nesta segunda-feira um novo acordo com a espanhola Repsol para a administração da empresa mista Petroquiriquire e sete anexos que a compõem a empresa que opera nos estados de Monagas, Zulia e Trujillo.
A Repsol afirmou que este acordo impulsionará a indústria petroleira venezuelana e beneficiará a dívida que a espanhola tem com a Venezuela.
Este alivio de sanções provocará um aumento de 27% do orçamento do governo socialista, deixando Maduro, condenado por violação sistemática aos direitos humanos, muito mais estável e forte.