Nesta quarta (27), Lula (PT) formalizou a assinatura de um decreto que estabelece o novo salário mínimo em R$ 1.412 a partir de 1º de janeiro de 2024. Conforme anunciado pelo Palácio do Planalto, o reajuste de 6,8% em relação aos R$ 1.320 vigentes fundamenta-se na Política Nacional de Valorização do Salário Mínimo. No entanto, esse montante se posiciona abaixo do salário mínimo estabelecido pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em maio de 2023, fixado em R$ 1.550 para o estado de São Paulo.
Em maio de 2023, Lula já havia promovido um aumento de R$ 20 no salário mínimo, elevando-o de R$ 1.302 para R$ 1.320. O valor inicial de R$ 1.320, previsto no Orçamento Geral da União de 2023, teve sua implementação adiada em quatro meses, visando evitar impactos prejudiciais aos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ao longo do ano. Em novembro, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou uma estimativa indicando que uma família de quatro pessoas precisaria de R$ 6.294,71 para atender às necessidades básicas, evidenciando a disparidade entre o salário mínimo brasileiro e as reais demandas da população.
A discrepância entre o salário mínimo nacional e as necessidades fundamentais da população impõe desafios à qualidade de vida dos cidadãos, especialmente diante do contexto de aumento de impostos e dos preços dos serviços. Isso torna mais árduo o cumprimento das despesas relacionadas à moradia, alimentação, saúde e educação, adicionando complexidade aos orçamentos dos trabalhadores e ampliando os problemas enfrentados pelas famílias brasileiras.